quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Uma citação quase favorita.

- Que quer dizer “cativar”?
- Significa “criar laços”...
- Criar laços?
- Exatamente – disse a raposa. – Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Será para mim único no mundo. E eu serei pra ti única no mundo...
- Começo a compreender – disse o pequeno príncipe. – Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...
- É possível – disse a raposa. – Vê-se tanta coisa na Terra... Por favor... cativa-me!
- Que é preciso fazer? – perguntou o pequeno príncipe.
- É preciso ser paciente – respondeu a raposa. – Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás um pouco mais perto...
No dia seguinte o príncipe voltou.
- Teria sido melhor se voltasse na mesma hora – disse a raposa. – Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz! Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar meu coração... É preciso que haja um ritual.
(...)
Assim o pequeno príncipe cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Adeus. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.
- O essencial é invisível aos olhos – repetiu o principezinho para não se esquecer.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... – repetiu ele, para não se esquecer.
- Os homens esqueceram essa verdade – disse ainda a raposa. – Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela tua rosa...
- Eu sou responsável pela minha rosa... – repetiu o principezinho, para não esquecer.

O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry



domingo, 7 de agosto de 2011

Sobre meu coração.

Como era para ser sempre: eu; uma poetisa amante.
Como sempre foi: eu; o desastre apaixonado.
E de repente, tudo muda, mas lembro do Renato Russo dizendo que “nada mudou”.
Então se não for uma mudança está simplesmente acontecendo o que era para está acontecendo há algum tempo...
... Amor.
É, amor.
Ando amando, sendo amada, fazendo amor, trocando amor, espalhando amor [...].
E eu não esperava isso, essa coisa de conviver com o amor, não agora, não do nada.
Simplesmente não!
Simplesmente sim? Também.
É isso mesmo; confuso.
Da mesma forma que está sendo confuso eu encontrar palavras que talvez expressasse o amor, não há!
Da mesma forma que está sendo confuso imaginar que tipo de coração sentiria isso como um desabafo de alguém que gritou a vida inteira procurando o que ia contra tudo que queria não acreditar.
É eu tinha medo de confiar que o amor existisse.
E ainda tenho medo...
Por quê? Porque esse não é um artigo sobre você, mas daquilo que penso sobre o que sinto a seu respeito, porém, não posso fingir que nunca li os mais profundos pensamentos de um FIM.
Tenho medo dessa história de FIM sim.
Por destarte, algum dia Augusto dos Anjos confiou plenamente no amor, e sofreu alguma decepção com um alguém que o fez acreditar pra sempre que “o beijo, amigo, é a véspera do escarro”?
Mas não falarei sobre isso.
O ilusório é lindo, e tão real que eu tenho em minhas mãos a maior vontade de lutar pra que não seja só ilusão.
Falta continuidade nesse raciocínio.
Espero que a falta de palavras demonstre que mundo esse o que estou...
... É fantástico!
E sem lógica, e talvez conclusão, termina esse dia confuso, essa tarde que reservei para escrever o que penso, o que sinto, o que entendo, o que não entendo...
Mas não importa, ninguém vai ler isso mesmo.
É só uma tarde que ganhei ou perdi pensando.
Pensando em você.
Não era para ficar bonito, não era pra ser uma declaração, nem era pra você, mas agora em tudo que eu faço ou estou você também existe...
É só um texto. E não valerá de nada e para nada.
O que vale é o que eu sinto, e o que sinto é amor.